(Foto: Divulgação)
1 ANO DEPOIS DE MINHA ALTA DE COVID 19 – 11 de Abril
Em março de 2020 eu fui tocado pelo vírus COVID 19, eu e minha família toda, naquele momento tudo era novo, desconhecido, víamos notícias da Europa sendo devastada pela doença que teria “saído” da China. No brasil a vida seguia em sua normalidade. Em Manaus, idem, claro que o espanto tomava conta de todos, mas sem orientação que nos ajudassem seguíamos livres.
Após 1 ano de minha alta da Covid fiz uma profunda reflexão sobre a vida e o que aconteceu comigo e com tantos e tantas famílias. Agradeço ao Dr. Anderson Teles e Dra Suely Teles por terem comprado a briga e me ajudarem a sair do precipício em que me encontrava, 70% do pulmão comprometido, pneumonia viral e me dirigindo para o óbito, sim, Óbito. Agradeço ao meu amado sobrinho Matheus pelas suas conversas positivas e aplicações, (lembrei agora da primeira aplicação de anticoagulantes), também a Luciana pela disposição e mãos leves nas injeções, alias, foi a Lu quem fez as duas ultimas aplicações antes da alta, meu cunhado Marcos, incansável no trato com meu pai, inesquecível. A esta altura, todos estavam recuperados do Mal, com exceção do meu pai (cardiopata, diabético e Avc), minha mãe(cirurgiada de CA) e eu.
No meu caso o teste PCR deu negativo e a doença se desenvolveu e fez o que fez comigo, mas as orações de todos, a luta incessante da Minha amada Nara e minha irmã Sônia (recuperadas) foram decisivas, eram 24 horas apostas ao meu lado, uma benção a insistência para que eu comece algo, tomasse liquido, colocasse algo pra dentro, meu irmão conseguindo o Oxigênio, Ordones e Andrea nos mantimentos, Gabriel no apoio, foi um luta, uma luta, os quitutes da Manu maravilhosos, claro que soube depois que recuperei o paladar, as máscaras confeccionadas pela Tiana e Victória.
Não houve perda na família, mas houve sofrimento, sofrimento, ficamos enclausurados e atônitos assistindo a tudo que acontecia e quando tivemos autorização saímos para ajudar a quem precisava e a quem podíamos ajudar.
Passados 1 ano fiz uma leve busca sobre alguns relatos e verifiquei que um vendaval passou por nos, alias, está soprando e tirando o ar de nossos amigos. Meu Deus! Em 11 de abril de 2020 tinham 932 casos confirmados e 45 óbitos, hoje, 11 de abril de 2021 temos 358.431 casos e 12.257 óbitos no Amazonas. Vejam quantas vidas não tiveram a dignidade de uma despedida, absurdo. Enquanto isso vemos a inércia de um sistema caótico apresentando grandes seres humanos na linha de frente buscando diminuir as mortes, o sofrimento das famílias, usando o amor como balsamo para enxugar as lágrimas.
Jamais imaginei saber que amigos partiriam por falta de oxigênio num leito, numa sala de espera, numa cadeira de acompanhante, no chão, descaso. Infelizmente sei também da desobediência de uma grande quantidade, o não usar mascaras, o não se higienizar, o fazer festa clandestina, o andar em conduções abarrotadas, um conjunto de coisas que colaboram com uma linha do tempo crescente em relatos de tristeza.
A ciência apresentou a saída ou pelo menos a esperança de que esse vírus maldito seja excluído do nosso dia a dia, a VACINA. Torço que todos os braços sejam picados por este bem, independente do nome ou marca, e que possamos nos abraçar, que possamos viver a vida. Eu estou bem, fiz o tratamento pós e faço minhas corridas e caminhadas de 3, 4, 5, 10 km, fiz muitas poesias e musicas neste período, agradeço a Deus todos os dias por estar aqui e dobro os joelhos para agradecer e pedir que tenhamos uma nova sequencia, pois sabemos que não precisamos de tudo que imaginávamos para viver.
(Vídeo: Divulgação)
NÃO PODEMOS DEIXAR DE TER FÉ, NEM ESPERANÇA!
Por Marquinhos Negritude
Blog Neidinha Maciel
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