A enfermeira Maria Angélica de Carvalho Sobrinho, de 53 anos, a primeira vacinada na Bahia, foi diagnosticada com Covid-19 antes de tomar a segunda dose do imunizante. Ela está internada no Instituto Couto Maia, em Salvador, e tem quadro clínico considerado estável.
A médica infectologista Ceuci Nunes, diretora geral do Couto Maia, referência em tratamento de doenças infectocontagiosas no Brasil, explica como é possível que Maria Angélica tenha se infectado com a Covid-19 após ter tomado a primeira dose.
"O que aconteceu com Angélica é que ela pegou a doença após a primeira dose, mas antes da segunda dose. Ela ia tomar a segunda dose no dia 16 e, entre 12 e13, começou a sentir um mal estar. Ela está bem, está usando pouco oxigênio, mas quando se movimenta fica um pouquinho desconfortável, por isso ela está sendo mantida ainda no hospital"
O imunizante tomado pela enfermeira Maria Angélica foi CoronaVac, vacina desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan. O imunizante tem eficácia geral de 50,38%, o que significa que o risco de pegar Covid-19 foi reduzido em 50%.
O médico José Osmar Medina, ex-coordenador do Centro de Contingência da Covid-19 de São Paulo, afirma que é possível que pessoas sejam infectadas após receberem a vacina, seja a primeira ou a segunda dose. Ele explica a infecção pode ocorrer porque, provavelmente houve exposição, e o corpo precisa de tempo para desenvolver os anticorpos.
"A vacina não é 100% eficaz. Existe um grupo pequeno de pessoas que pode adquirir a doença mesmo sendo vacinado com as duas doses. Mas, nos casos recentes, não é essa a situação. Como estamos em uma pandemia e com um número muito acentuado de casos, não deu tempo da primeira dose ter o efeito necessário", destaca o médico.
Medina explica que as medidas de higiene, o isolamento social e o uso de máscara devem permanecer por um bom tempo, principalmente pelo caráter pedagógico.
"Não é assim, tomou a vacina e no outro dia está imunizado. Por exemplo, se todo o mundo, em um dia só, tomasse a vacina, na primeira semana após a imunização seria o mesmo número de casos, como se as pessoas não tivessem sido imunizadas", explica.
Fonte: https://saude.ig.com.br/
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